Desde a Antiguidade, os homossexuais tiveram vidas extremamente conturbadas, muitos foram forçados a se exilar, ou partiram voluntariamente para o exílio, para fugir da perseguição ou, em alguns casos, da morte. Até mesmo no século XX, os gays foram frequentemente vistos como pervertidos sexuais, e dezenas de milhares deles foram mandados para o exílio na Sibéria ou para os campos de concentração nazistas nas décadas de 1930 e 1940. Mesmo com o fim da Segunda Guerra Mundial, e a volta da paz para a maioria dos países, muitas democracias ainda viam com desdém o comportamento homossexual. Escritores, como os americanos Paul Bowles e James Baldwin, exilaram-se entre comunidades mais compreensivas ou liberadas sexualmente, tanto na Europa quanto no Norte da África. Heróis e exílios analisa o exílio gay a partir da experiência de alguns dos homossexuais mais famosos da história, incluindo artistas como o desregrado Benvenuto Cellini, poetas e escritores como Thomas Gray, W. H. Auden e Henry James. Alguns, como William Beckford, Lorde Byron ou Oscar Wilde, viveram experiências trágicas; outros triunfaram no exílio, a exemplo das Damas de Llangollen, que se tornaram as lésbicas mais famosas da Europa.
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